O sono é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança, porém é algo que gera muita angústia nos pais, já que o sono do bebê é diferente comparado ao sono do adulto. Os bebês têm um sono mais curto e por isso, passam o dia e a noite acordando, ou seja, um sono polifásico.
Claro que existe uma variação no ritmo de criança para criança; uns mais outros menos dorminhocos. Mas no geral os bebês não seguem o ciclo natural de dia e de noite, porque ainda não desenvolveram completamente o ritmo de sono. É muito normal que bebês recém-nascidos e nos primeiros meses de vida durmam bastante durante o dia e acordem na madrugada, já que o ciclo sono-vigília é desorganizado.
Como a própria pergunta diz, não existe uma única tabela do sono do bebê e sim uma média em relação ao número e à duração do sono de cada bebê. É de extrema importância lembrarmos sempre da individualidade de cada criança. Então, considerando essa média, temos:
sono em ciclos de 1 a 4 horas de duração, intercalados com 1 a 2 horas acordados (dia e noite), num total de 16 a 20h;
6 a 9 horas durante a noite e três a quatro sonecas ao longo do dia, de 5 a 9 horas (15h no total);
9 a 11 horas durante a noite e duas a três sonecas ao longo do dia, de 2 a 3 horas (14h no total);
9 a 10 horas durante a noite e duas sonecas ao longo do dia, de 2,5 a 3 horas (13h no total);
10,5 horas durante a noite e uma soneca à tarde, de 1,5 a 2 horas (12,5h no total).
O mais aconselhável é que o bebê tenha bem definido o seu espaço para dormir, no caso o seu berço. Porém, esse momento de opar pelo quarto do bebê na hora do sono, nem sempre é tão simples. Portanto, deve-se respeitar a segurança da mãe ou dos cuidadores, para que essa hora aconteça. Enquanto isso, o bebê pode dormir no mesmo ambiente que os pais, desde que jamais na mesma cama. Já que, compartilhar a mesma cama aumenta o risco de quedas e sufocamento dos recém-nascidos.
A melhor opção, principalmente a longo prazo, é colocar o bebê no seu berço ainda acordado e deixá-lo adormecer sozinho, sem ajuda. Tentar não ninar até dormir para que ele não associe o sono ao balanço ou a qualquer outro hábito. Por outro lado, não precisa deixar o bebê chorando até dormir, como algumas pessoas defendem. O choro é seu bebê pedindo ajuda! E seu bebê merece ser atendido, acalmado e retornado ao "seu lugar", ainda acordado para novamente tentar adormecer sozinho.
E quando o bebê acorda de madrugada, mesmo já estando devidamente alimentado? O ideal é seguir essa mesma conduta. Primeiramente checar se nada o incomoda como: temperatura do quarto, roupas apertadas, fraldas sujas, etc. E então colocá-lo no berço após acalmá-lo, ainda acordado, e deixar que adormeça no "seu lugar". Assim, com o tempo, a criança aprenderá a dormir sozinha e quando despertar à noite, terá segurança e tranquilidade para adormecer novamente por si só.
A palavra chave é: rotina! Lembrar que não existe uma rotina correta e sim a que mais se adequa à realidade, ao dia a dia da casa. A rotina ajuda o bebê a não se estressar na hora de dormir já que o momento fica "previsível" para o mesmo. Ajudando a controlar a ansiedade e a fortalecer a segurança da criança.
Durante o dia, manter o ambiente claro e movimentado como é habitualmente. À noite, preferencialmente uma hora antes de dormir, deixar o ambiente mais escuro, calmo e silencioso. Ter um mesmo horário para dormir e acordar. À noite, estabelecer hábitos e repetir diariamente como: banho, massagem, música, história, ou qualquer outro que permita ao bebê associar à hora de dormir. E durante o dia, também estabelecer rotinas para os cochilos. Evitando que o último seja muito no final da tarde, para não atrapalhar o sono da noite.
O mais importante é respirar fundo e lembrar que está tudo bem. Já vimos que o padrão de sono na infância difere da fase adulta. Além disso, sofre interferência de fatores externos: ambientais, comportamentais e também de saúde. É um período muito estressante para os pais, além da privação de sono frequente. Portanto, entender como funciona esse ciclo de sono do bebê e que é uma fase que vai passar, ajuda a alinhar as expectativas. Tenha sempre ao lado pessoas com quem possa contar, e seu pediatra para garantir que tudo está ocorrendo dentro do esperado.